sexta-feira, 2 de setembro de 2011

pibic 2009/2010

No SEMIC do ano de 2010 as minhas alunas pesquisadoras, Vanessa e Taiane apresentaram seus trabalhos em forma de pôster e também oralmente. Segue o resumo do trabalho desenvolvido pela Vanessa Siqueira, que atualmente está cursando a nossa Especialização em História Social da Arte.

Tratados de Civilidade: França séculos XVI ao XVIII



O que você entende por conceito de civilidade? Estudiosos da Idade Moderna e Contemporânea, têm buscado em suas pesquisas nos explicar como a sociedade mudou analisando os significados de civilidade, cortesia, polidez e etiqueta. Norbert Elias (1990) no primeiro volume do “Processo Civilizador” analisa a  trajetória de alguns dos principais manuais de civilidade escritos na passagem  da  Idade Média  para  a  Idade Moderna. Diante  da  lenta  formação  do Estado  e  o  conseqüente monopólio  da  administração  da  violência  assumida  por este,  a  nobreza  cortesã,  deverá  aprender  a  controlar  seus  impulsos,  pois,  a contenção passará a ser uma virtude a ser cultivada.



Com o objetivo de melhor compreender as questões como padrões de conduta em determinadas épocas foi proposto  um  levantamento bibliográfico dos manuais que circulavam na França dos séculos XVI ao XVIII. O estudo dos manuais de civilidade nos traz propicia várias reflexões que nos levam a analisar padrões estabelecidos numa época, em especial, o espaço das cortes frente ao chamado “processo civilizatório”.

Desse levantamento inicial percebeu-se que três títulos acabaram por influenciar todos os que os seguiram. São eles: “O Cortesão” de Baltasar Castiglione, “A Civilidade Pueril” de Erasmo de Rotterdam e “Galateo” de Giovanni della Casa, todos do século XVI, mas que continuaram a circular nos séculos seguintes.



Os manuais do século XVII deixam bem claro seu maior objetivo, ensinar um convívio adequado na corte, especialmente na França, onde essas obras se dirigem com mais clareza e em maior número àqueles que desejavam se aproximar da vida da sociedade de corte e de todo o prestígio que ela representava e oferecia.
Conter as posturas e manter-se atento a tudo e a todos era um trabalho difícil, pois tudo e todos estavam sendo vigiados. Todavia os resultados encontrados por aqueles que se entregavam aos “sacrifícios” das boas maneiras eram significativos, pois se comportando como o esperado as chances de serem aceitos aumentavam e com isso as possibilidades de ascensão social e obtenção de privilégios.




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