Percalços e contrariedades do
homem-honesto na França iluminista (século XVIII) é o título do projeto de pesquisa aprovado pela comissão do PIBIC PUCPR e financiado pela Fundação Araucária da aluna de História Siloé. Ela é orientanda da professora Maria Cecilia Pilla, ambas continuam seus estudos sobre o homem honesto na França Iluminista. Segue uma pequena notícia sobre suas atuais pesquisas.
No século XVII, em busca de tecer o modelo de homem honesto,
Antoine Gombaud e Nicolas Faret, em seus manuais de civilidade, procuraram
orientar a moral do cortesão pela sensatez independente. Antes de tudo não
chocar ninguém, nem pelo egoísmo, nem pela demonstração ostensiva de seus
conhecimentos, muito menos se gabando de suas qualidades.
Outros autores no século XVIII construíram preceitos em
busca da qualificação desse homem honesto, esse foi o objeto de pesquisa
realizada anteriormente, principalmente no que diz respeito ao conceito de
homem-honesto, para tanto busquei as suas qualidades. A partir desses conceitos,
pretendo agora perceber tudo aquilo que o homem-honesto deve evitar, ou seja,
os atos, sentimentos e ações que uma vez realizados desqualificam o ideal de
homem honesto. Se, numa primeira etapa da pesquisa procurei as qualidades do
homem-honesto, agora me proponho a trazer tudo aquilo que o torna “defeituoso”,
os riscos de levá-lo à imperfeição social e moral. Pretendo analisar os mesmos
manuais - « Manuel
Moral suivi de Manuel de l’honnête homme » de Pierre Dumoulins
(1778) ; « La religion de l’honnête homme » de Marquis
Caraccioli (1766) ; e, « Manuel de l’honnête homme » de François
Grasset (1770) – só que agora sob outro ângulo, sob o prisma da transgressão.
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